sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Let's get over it!

O Fiel mudou tanto as nossas vidas que não poderíamos ignorar o legado que nos deixou. Tomamos gosto pela atividade física, curtíamos [muito!] um domingo ensolarado no parque, prazer em ficar sujo de terra, aguardar ansiosos pelo final de semana...

Então não poderíamos ver sua morte como um ponto final. Talvez tenha sido uma vírgula em nossas vidas. Talvez tenha sido a forma que Deus escolheu para falar conosco, mudar um pouco nosso foco, reposicionar nossas prioridades. Nos fez pensar.

E por já nos sentirmos capazes de seguir em frente [get over!], abrimos nossos corações para um novo filhote. Nesse momento ele ainda mora com a mamãe. No final de semana do dia 22/Set ele virá para nossa casa.

E como o Blog é sobre o "Melhor Cachorro do Mundo", este agora passará a ser o melhor - o melhor para mim e para o Marcos.

Nosso novo filhote.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O Luto

Hoje faz 52 dias que ele se foi.

Cada proprietário lida com a perda do seu animal de forma especial e diferente. Cada um sabe o tamanho do seu sentimento. E como nem todas as pessoas entendem esse sentimento, o luto pela morte de um bichinho muitas vezes é alvo de preconceitos.

"Ah, não fica assim, era só um cachorro" - típica frase de quem não consegue compreender a profundidade da dor.

Quando o Fiel se foi, pesquisei sobre o luto após a morte de animais de estimação. Encontrei artigos interessantes e psicólogos opinando sobre o assunto. Me deu forças e coragem para enfrentar o que eu estava sentindo.

Alguns comentam que casais sem filhos que enfrentam a morte de seu animal podem vir a sofrer ainda mais, uma vez que todo o afeto e atenção eram destinados ao animal, muitas vezes representando a figura de um filho. E creio que era isso que eu e o Marcos enfrentamos.

Idosos e pessoas que vivem sozinhas também podem sofrer ainda mais intensamente, muitas vezes precisando de muito mais tempo para superar a perda.

Saudades!
E sim, estava doendo DEMAIS. Eu tinha vontade de chorar a todo instante e o silêncio da minha casa me incomodava. Lembrar da cena do atropelamento me dava enjoo. Mas toda essa dor precisava ser sentida. Esse luto precisava ser enfrentado. Mesmo sendo uma dor muitas vezes não compreendida pela sociedade, quem passa por essa perda precisa chorar o quanto for preciso, sofrer o quanto precisar sofrer.

Mas, como escreveu o Salmista: "a tristeza pode durar uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer". E com a Graça de Deus (sempre!) e a ajuda do tempo, a dor vai passando e começamos a conseguir falar do assunto sofrer tanto, voltamos a rir do que ele aprontava, a ter novamente boas lembranças e até lembrar do momento da morte sem que isso nos perturbe tanto.

E é assim que tem que ser. Não haverá substitutos. Mas podemos seguir em frente e abrir nossos corações para amar novamente outros bichinhos. E torcer para que esses vivam bastante e demorem muito para quebrar novamente nossos corações.